segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Utilização dos Prefixos na Designação dos Ásanas


Encontrei boa parte deste texto na net mas infelizmente não guardei o endereço. Dei uma compilada, resumi alguns trechos e acrescentei outros.
As informações são extremamente esclarecedores e importantes para os estudiosos da Yoga ;-)
Bem interessante. Vale ler e guardar!
 


A Utilização dos Prefixos na Designação dos Ásanas

A sistematização para a nomenclatura dos ásanas permite que milhares de posições, a partir das 108 famílias inicias, possam ser definidas por meio da utilização dos prefixos, que dão informações adicionais sobre a execução daquela variação.

Com isso, mais de 2.000 posições codificadas podem ser facilmente nomeadas.


 
1) Em relação à complexidade:

Os prefixos mais importantes são os que se referem ao grau de complexidade da execução do ásana:

  • sukha = fácil (em relaxamento)
  •  ardha = metade (incompleto)
  •  rája = real (completo)
  •  mahá = grande (avançado ou mais que completo).

Um desses prefixos está sempre presente no nome completo do ásana. Quando não é mencionado, significa, como padrão, que estamos nomeando a variação rája, que é considerada a variação completa do ásana, ou que aquela família de ásanas não comporta variações.

É muito comum ocorrer uma certa confusão entre essas variações de nível de adiantamento, pois o que determina se é sukha ou ardha não é a proximidade da posição do corpo em relação à variação rája, mas o estado corporal interno do praticante.

A variação rája do ásana pode ser executada em descontração ou não; o que a caracteriza é o fato de a posição estar completa.

A definição da variação mahá do ásana é ir além da variação rája no elemento característico da família. Por exemplo, no jánusírshásana, como é uma família de anteflexão, a variação mahá é alcançada quando a cabeça toca o solo.

É interessante observar que o grau de adiantamento não está necessariamente associado ao grau de esforço necessário para manter a posição. Aliás, freqüentemente, os mahá ásanas, quando finalmente conquistados, têm uma permanência muito mais confortável que a variação rája, assim como a variação ardha de muitas posições pode exigir muito mais esforço muscular que a variação rája.




2) Com relação à posição das pernas:

  • sukha = as pernas reproduzem o sukhásana 
  • samána = as pernas reproduzem o samánásana (família 7) ou uma das pernas é colocada flexionada à frente do corpo;
  • vajra = as pernas reproduzem o vajrásana (família 12) ou uma das pernas é colocada flexionada ao lado do corpo;
  • siddha = as pernas reproduzem o siddhásana (família 9) ou a perna de polaridade negativa (esquerda para o homem) é colocada sob o períneo;
  • bhadra = as pernas reproduzem o bhadrásana (família 16);
  • padma = as pernas reproduzem o padmásana (família 10) ou o dorso de um pé é colocado sobre a perna oposta.


 
3) Com relação aos pontos de apoio:

  • ekapáda = sobre um só pé, ou conforme o ásana, colocando uma só perna na posição característica do ásana;
  • dwapáda = sobre os dois pés;
  • tripáda = sobre três apoios;
  • chatuspáda = sobre quatro apoios;

  • utthita = suspenso em frágil apoio (significa que o corpo está suspenso em algum apoio menor que a execução rája do ásana; pode significar apoio nas pontas dos dedos, nas pontas dos pés ou mesmo sobre os joelhos e mãos, de acordo com a posição original)


4) Com relação à utilização das mãos ou braços:

  • nirahasta = sem utilizar as mãos;
  • ekahasta = com uma só mão;
  • dwahasta = com as duas mãos;
  • baddha = enlaçado (pelos braços);
  • pádahasta = com uma mão tocando o pé;
  • jánuhasta = com uma mão tocando o joelho.


5) Com relação ao lado de execução:

vamah = para o lado esquerdo;
dakshina = para o lado direito.

- Nota: tradicionalmente no Yoga, ao executar ásanas que necessitem compensação – por exemplo, um flexionamento lateral –, executa-se primeiro sempre para o lado esquerdo.


6) Com relação ao movimento:

  • tamas = estático
  • rajas = em movimento

Esses prefixos são muito pouco utilizados, pois, por sua própria natureza, ásana é quando você alcança uma posição e nela permanece. A execução com repetição, assim como ásanas que incluem movimentação, não são características do Yoga mais antigo; ainda assim, a título de referência técnica, foram incluídas na sistematização algumas variações rajas de ásanas, como o rajas dolásana na família 83.

O prefixo rajas também é utilizado para designar algumas passagens entre posições, que foram codificadas devido à sua importância e à sua utilização freqüente na prática.



7) Com relação à posição do corpo:

  • úrdhwa = elevado (significa que o corpo está parcialmente ou totalmente elevado do solo; também é utilizado para designar passagens de elevação do solo);

  • supta = adormecido (em posições de equilíbrio, esse prefixo designa que a posição deve ser executada com os olhos fechados; nas demais posições, indica que o corpo está deitado, ou indica o movimento para deitar-se);
  • parshwa = dorso (significa que a posição deve ser executada com a lateral do corpo);
  • uttara = deitado com as costas no solo;
  • udara = deitado de frente para o solo;
  • vakra = torção (significa que posição deve ser feita em torção);
  • uttána = extensão ou tração (posição executada com extensão ou tração com esforço).

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Um comentário:

Artê:as minhas cenas disse...

Olá Vick!!!

como sempre mt bom, parabens!!!
beijinhos

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