terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pranayamas - Bhástrika (fole)



Bhástrika

(fole – respiração rápida, profunda e vigorosa)


Bhástrika em sânscrito significa “fole”, o que bem dá uma idéia de como se processa. As melhores posições para a pratica são as sentadas - padmâsana ou lótus e sadhâsana, podendo também ser feita em pé. Depois da limpeza pulmonar, faz-se puraka (inspiração) e a seguir uma explosiva rechaka (expiração), mediante a contração brusca da musculatura respiratória. Sem demora, outra puraka e imediatamente outro rechaka. E assim onze movimentos energéticos do diafragma e do abdômen com seus respectivos rechakas e purakas. O último puraka é seguido de um kumbhaka que leva aproximadamente doze segundos, durante os quais mantém-se jalandhara-bandha ou chave de queixo. Segue-se suave rechaka final de seis segundos.

Os músculos abdominais e o diafragma atuam energeticamente, movimentando a base do pulmão. O exercício é muito semelhante ao kapalabhati, com a diferença de que lá apenas a expulsão do ar é energética. Aqui também a inspiração o é.

Uma boa dosagem para cada sessão é de três "voltas" de onze movimentos cada.


- Precauções:

Como se trata de um dos exercícios mais fortes, portanto capaz de provocar danos no praticante imprudente e abusado, é recomendável que o evitem:

a) pessoas enfermas e fracas;

b) jovens de menos de dezoito anos; e

c) pessoas além dos 50.

Para os que já têm grande prática, o limite de idade não será este, naturalmente. Todo abuso e violência devem ser evitados. Moderação, suavidade, gradação nunca são demasiados. Ao menor sinal de fadiga, pare e relaxe, fazendo a respiração abdominal.


- Benificios terapêuticos:

Purifica todo o organismo e tem especial ação tônica sobre o sistema nervoso e aparelho circulatório. Aumenta o apetite. Atenua irritação e inflamação das vias respiratórias. Moderada e corretamente usado, tem até curado asma. Com verdadeiro super abastecimento energético, corrige os efeitos do frio, levando calor a todo o corpo. Os que sofrem de pés e mãos frios lucrarão com a pratica de bhastrika.

- Benefícios psicológicos:
"Psicologicamente, o bhástrika produz um muito notável aprofundamento da consciência. Aumenta a serenidade e o sangue-frio ante qualquer situação e, em sumo grau, fortalece a vontade".


Fonte: trecho extraído do livro "Auto Perfeição com o Hatha Yoga - Hermógenes - Editora Record

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Pranayamas - Ujjâyi

Ujjâyi


A melhor posição para este exercício é a do lótus. Vale o que foi dito no exemplo precedente. Ao fazer o puraka ou inspiração, durante a contagem mental até 6, tenha a glote parcialmente fechada, o que provocara um som doce, uniforme e de tom baixo.

Permaneça em kumbhaka igual tempo, fechando totalmente a glote, com a ajuda de jalandhara-bandha ou chave de queixo. Depois disto comece rechaka.

Desfaça o jalandhara-bandha, relaxando os músculos respiratórios e soltando a respiração, tendo a glote parcialmente fechada, mas formado na boca, mercê da posição dos dentes e da língua, um longo silvo sssss... uniforme e de tom baixo. Use toda a musculatura do abdômen a fim de expulsar o ar todo. A expiração dura o dobro da inspiração. Durante a expiração a parte superior da faringe - o cavum - se relaxa. Os orifícios dos sinus, esses bolsos permanentes de infecção, se abrem e são sifonados pelo ar expirado.

Faça a principio seis e vá acrescendo uma por dia, até dez execuções.

Valem para este exercício todas as recomendações já feitas para os anteriores: nada de violências e exageros, nada de imprudências, principalmente por quem sofre de alguma enfermidade. Consulte seu médico em caso de dúvida.

Dirija a mente para a região da glândula tireóide. Os olhos fechados facilitam a concentração.


- Benefícios terapêuticos:

Diminuição da catarreira incômoda, mercê da massagem nas mucosas, cujas secreções asseguram defesa contra a infecção. Estimulação das glândulas endócrinas provocada pela indução de uma forte corrente HA, sendo seu efeito mais energético sobre as tireóides. Aumenta o calor do corpo e corrige hipotensão sanguínea. Acredita-se que defenda contra a tuberculose, que evite distúrbios digestivos, estados depressivos e resfriamentos. Devido a sua grande ação sobre a tireóide e tensão sanguínea, deve ser evitado pelos que sofram de hipertireoidismo e hipertensão.


- Efeitos psíquicos:

Já que este exercício estimula a tireóide, a glândula mais influente sobre o temperamento, sobre a inteligência e comportamento, sua prática propicia mais brilho à inteligência, maior vivacidade para trabalho, finalmente mais brilho ao espírito.


Fonte: trecho extraído do livro "Auto Perfeição com o Hatha Yoga - Hermógenes - Editora Record


domingo, 27 de setembro de 2009

Pranayamas - Kapalabhati (crânio brilhante)



Kapalabhati (crânio brilhante)

Exercícios destinados à purificação do corpo. Vejamos sua técnica.

A melhor posição do corpo é a pose de lótus, mas pode ser praticada em qualquer uma das posturas sentadas e até mesmo em pé – desde que a coluna fique verticalizada e elegante. Como sempre, comece com a limpeza completa dos pulmões. Agora relaxe o abdômen, permitindo que se encha de ar a base do órgão. Sem perda de tempo, por uma ação conjunta da musculatura abdominal e do diafragma, force bruscamente o ar a sair. A glote deve permanecer completamente aberta a fim de evitar-se atrito desagradável com a passagem violenta do ar. Novamente com o afrouxamento do abdômen, o ar volta a entrar para outra vez ser explosivamente expulso. Como se vê, o exercício consiste numa série de rechakas energéticas. Sem qualquer kumbhaka (retenção). Nele a puraka (inspiração) participa passiva e complementarmente. Visando à maior concentração mental, mantenha os olhos fechados.

Quanto à dosagem, Blay aconselha dividi-lo em "voltas" de 11 expirações, após as quais deve-se relaxar todo o aparelho respiratório. Depois deste repouso, dá-se outra "volta" com igual número. Uma sessão de principiante deverá constar de três "voltas", entremeadas por períodos de relaxamento.


- Observações necessárias:

1. Este exercício é desaconselhável para quem sofre do aparelho respiratório, do circulatório e do sistema nervoso.
2. A série de rechakas deve ser rápida, mas a principio o praticante deve preocupar-se com a aquisição da técnica, evitando violências contra a própria natureza.
3. A atenção deve ser focalizada no interior do nariz, por onde circulam as correntes de ar. A concentração mental é melhor se os olhos ficarem fechados.


- Efeitos fisiológicos:

Limpa as mucosidades do aparelho respiratório; tonifica-o; carrega sensivelmente o plexo solar com energia vital. Tonifica a circulação, aquecendo o corpo e melhorando o metabolismo. Revigora as cordas vocais.


- Efeitos psicológicos:

Aumenta a capacidade de autodomínio e de concentração.


- Nota:

Como variação, pode-se fazer kapalabhati alternadamente com uma e outra narina.


Fonte: trecho extraído do livro "Auto Perfeição com o Hatha Yoga - Hermógenes - Editora Record


sábado, 26 de setembro de 2009

Pranayamas - Respiração polarizada (Sukha Purvak)


Respiração polarizada (Sukha Purvak)

Tudo que foi dito sobre posição e ritmo é válido para o exercício de respiração polarizada. Acrescenta-se agora uma alternância, isto é, a ultilização de uma narina, enquanto a outra fica bloqueada.

Inicia-se, como sempre, com a limpeza dos pulmões, após o que inspira-se com a narina esquerda, onde termina o nadi da. Depois do kumbhaka, faça a expiração (rechaka) pela narina direita, após o que inspire pela narina direita, fechando-a depois e, a seguir, esvazie pela narina esquerda. Recomeça-se a seguir com a narina esquerda.

Esta respiração, ao mesmo tempo alternada e ritmada, é a mais própria para estabelecer o equilíbrio interno e com o meio. Nela, duas correntes energéticas polarizadas são conduzidas ao mais desejável grau de integração.

Para fechar uma narina, deixando aberta a outra, dobre o dedo indicador e o médio de sua mão direita. Leve a mão à altura do nariz e, quando quiser fechar a direita, faça-o com o polegar e, quando quiser vedar a esquerda, use o anular que se acha unido com o mindinho.

Segundo Yesudian, este exercício é muito poderoso e dele não se deve abusar. É bastante proveitoso para o desenvolvimento das faculdades mentais e, segundo o autor citado, na Raja Yoga tem significativo papel, pois facilita o êxtase. Para maior eficiência, conserve os olhos fechados.


Fonte: trecho extraído do livro "Auto Perfeição com o Hatha Yoga - Hermógenes - Editora Record

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pranayamas - Kumbhaka (pranayama ritmado)



a) Kumbhaka (pranayama ritmado)

Respiração ritmada é o exercício que se segue naturalmente ao de puraka (inspiração) ou rechaka (expiração) completas.

O kumbhaka, ou suspensão do ar (apnéia voluntária) e com ritmo. Em outras palavras, o presente exercício consiste em ritmicamente inspirar, prender o ar nos pulmões e expirar, recomeçando novo ciclo.

Sentado ou em pé, olhos fechados, depois da limpeza dos pulmões, inicie o puraka (inspiração), contando mentalmente (você estabelece o ritmo). Depois de ter os pulmões cheios de ar, conte 4x ritmo da inspiração. Deposi comece o rechaka (expiração), que se completará quando você tiver contando 2x o tempo utilizado na inspiração. Depois de esvaziados os pulmões, reinicie a inspiração. Exemplificando: inspire, contando até 4; prenda o ar, contando até 16, e expire contando até 8. Há também a kumbhaka com os pulmões vazios.

Você precisa escolher uma certa unidade de tempo para que possa ter alguma significação esta contagem 4 - 16 - 8. Melhor do que tudo será o ritmo de seu próprio pulso. Segurando-o com a outra mão, sentirá que ele bate e, a cada batida, conte; um, dois, três...


- Observações

1. Não precisa ser no ritmo 4-16-8; poderá ser qualquer outro ritmo, contanto que obedeça à proporção de 1 para puraka, 4 para kumbhaka e 2 para rechaka. Escolha o melhor para você, contanto que venha a evitar violência, sufocações, sacudidelas e fadigas. Comece com um puraka mais curto, para ir graditivamente aumentando. Evite, no principio, kumbhaka com pulmões vazios.

2. Se não é perfeito o estado do coração, não convém reter a respiração por mais de trinta e dois segundos. É a opinião do autorizado Yesudian.


- Efeito terapêutico:

Equilíbrio das correntes HA e THA, com a conseqüente tranquilização do sistema nervoso e do ritmo cardíaco.


- Efeito psíquico:

Calma e desenvolvimento da força de vontade. Harmonização consigo mesmo e com o universo.


Fonte: trecho extraído do livro "Auto Perfeição com o Hatha Yoga - Hermógenes - Editora Record

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Respiração Completa


RESPIRAÇÃO COMPLETA

Nesta forma de respirar, há a participação completa dos pulmões (sua total capacidade) e de todos os níveis da personalidade (desde os planos mais profundos aos superficiais.).

Entretanto, deve-se manter a suavidade da respiração (não sendo forçada). E isso é uma das características marcantes de todo exercício yogi. Não deve ser um bombeamento desmedido de ar. A respiração deve ser mais o resultado de um impulso que vem do fundo de nós mesmos.

A respiração completa envolve a base, a parte média e o ápice pulmonares (parte baixa, média e alta dos pulmões).


- A Execução:

Basicamente é descrita em três fases. Na primeira, é abdominal ou diafragmática, portanto, quando perfeita, deve ser automática, espontânea e nela a mente e a vontade apenas figuram como testemunhas. As duas outras, ao contrário, são fases voluntárias, quer dizer, mentalmente comandadas.

Deve-se praticar de pé ou sentado, com a coluna vertebral perfeitamente colocada em suas curvaturas naturais, o que se consegue mantendo o tronco reto. Com todo o corpo relaxado, limpe totalmente os pulmões. Permaneça sem o ar por alguns segundos, como que criando a necessidade de inspirar. Depois comece.

Esteja atento aos movimentos e não desanime frente as naturais dificuldades do começo.


1a fase: Respiração abdominal

Aproveite o impulso que vem de dentro, liberte o abdômen que vai para frente, deixe entrar livremente o ar. Isso enche toda a base pulmonar. Não forçar demasiadamente a barriga para a frente, julgando que assim faz caber maior dose de ar. O avanço do abdômen se faz ao mesmo tempo que a inspiração e desta é a causa.


2a fase: Respiração mediana

Após preencher com ar toda a base do pulmão, encher então a parte media, e isso será facilitado com o alargamento das costelas da parte mediana do tórax, num aumento lateral do volume torácico. É possível que o principiante sinta algumas dificuldades em função do estado de atrofia em seus músculos respiratórios por causa de tantos anos de respiração deficitária e incompleta. Exercite-se colocando as mãos nas costelas e procure sentir que elas se alargam e expandem.


3a fase: Respiração subclavicular

Depois da base dos pulmões e da parte mediana estarem bem alimentadas de ar, fazemos o mesmo com a parte alta (ápice) do pulmão o que se consegue erguendo suavemente os ombros.


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- A Expiração:

A expiração faz-se de maneira inversa, como que esprendo a esponja pulmonar, a partir de cima até embaixo. Para isto, solte inicialmente a pressão reinante no alto dos pulmões, depois na parte média e, finalmente, pela contração e sucção abdominal (parte baixa), expelindo todo o ar.

Tanto a inspiração como a expiração se processam cada uma como um movimento único e uniforme apesar de ser triplo, como vimos. Quando perfeita, a inspiração é uma lenta, uniforme, ininterrupta e harmoniosa. Uma ondulação que, a partir do ventre, movimenta todo o tronco. O mesmo se pode dizer da expiração.

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Efeitos da Respiração:


- Efeitos fisiológicos:

Massageando o coração, rejuvenesce-o e o estimula;

evita a prisão de ventre;

equilibra o sistema endócrino;

vitaliza o nervoso;

desenvolve e tonifica todo o aparelho respiratório;

melhora o funcionamento do estômago, vesícula, pancareas, baço, rins e fígado

Melhora a qualidade do sangue pela maior eliminação do gás carbônico e absorção de oxigênio, beneficiando portanto o estado de todos os órgãos e tecidos, desenvolvendo sensivelmente a resistência e a defesa orgânica, aumentando notavelmente a energia.

Também, às pessoas gordas: emagrecimento sem fome, sem drogas nem torturas.


- Efeitos psicológicos:

Aumenta em muito a energia psíquica.

Desenvolve autoconfiança, autodomínio e entusiasmo para viver.

Proporciona qualidades psicológicas invulgares não só como decorrência das melhores fisiológicas, como também porque proporciona uma bem maior assimilação de prâna com mais completo aproveitamento de suas riquíssimas possibilidades.

Pela tranquilização da mente, pela purificação dos nadis e pela ativação dos chakras, é o caminho para as mais sublimes conquistas espirituais.


- Atitude mental:

Ao tomar a posição para o exercício, esteja convencido de que vai harmonizar-se com a Fonte de Vida, com o Alento Cósmico, que tudo mantém. É um tesouro e é seu. Não pense como o homem comum que respirar é somente oxigenar o sangue. É muito mais que isso. É pranificar-se. Nas primeiras tentativas, concentre-se sobre os movimentos musculares acima descritos, e que estes se realizem de forma correta e espontaneamente. Concentre-se no prâna e naquilo de bom que a respiração lhe oferece. Durante a inspiração, visualize tão nitidamente quanto puder que é invadido por multidões de minúsculas bolinhas diamantinas e luminosas que lhe trarão benefícios mentais, psíquicos e fisiológicos; sinta-se como bebendo na fonte da vida. Terminada a inspiração, conceba na imaginação que todo aquele prãna se espalha pelo corpo, fixando-se em toda a parte, vivificando tudo. Ao expirar, convença-se de que lança fora toda a impureza, toda a fraqueza, toda a causa de sofrimento e inferioridade, aliviando-se assim do que exista de deletério em sua unidade psicossomática.

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- Observações:


- A inspiração ou puraka deve:

1° ser uniforme, isto é, manter a mesma velocidade na corrente de ar inalado;
2° ser silenciosa e suave;
3° fazer-se mediante discreta expansão do abdômen (é um engano pensar que a quantidade de ar é maior se o dilatar até não poder mais);
4° ser completa, isto é, sem falta ou excesso de um dedal de ar, e terminar tranqüilamente, sem arrancos.


- A expiração também deve se fazer segundo certas condições:

1° deve ser uniforme (mesma velocidade) e sem sacudidelas;
2° sempre silenciosa, salvo em alguns exercícios especiais;
3° depender tão somente do relaxamento do diafragma e dos músculos respiratórios;
4° chegar a seu tempo natural, isto é, sem que reste qualquer quantidade de ar no interior, sem que, para isto, se recorra a esforços extras nem à solicitação de outra musculatura que não a já citada.

Neste tipo de respiração todo abuso é perigoso. Qualquer exagero deve ser evitado. Os melhores resultados são alcançados pelos que seguem o caminho da moderação, da suavidade e da correta atitude mental. Seja perseverante e comedido. Se notar excitação nervosa, é sinal de que esta errando em algo. Deve então parar e, enquanto relaxa, entregar-se à respiração abdominal.


Extraído do livro "AUTO PERFEIÇÃO COM HATHA YOGA" - Hermógenes

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Diafragma e a Respiração Diafragmática


O DIAFRAGMA E A RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA

No mecanismo respiratório, o músculo que separa o tórax do abdômen desempenha um papel importantíssimo. O diafragma funciona como uma membrana. Quando desce, intumescendo o abdômen, arrasta consigo a base do pulmão, aumentando o volume interno deste, o que produz a sucção do ar. Isto é a inspiração. Na expiração, dá-se exatamente o contrário; o diafragma, levantando-se, comprime os pulmões, expulsando o ar. Este mecanismo, tão bonito e tão sadio, vai se deteorando com a vida sedentária até quase desaparecer na maioria das pessoas maduras. É como se o diafragma morresse aos pouquinhos. Resta no fim tão-somente a respiração com a parte superior dos pulmões. Mesmo entre atletas tal fato se dá. Quando querem respirar fundo para voltar à calma, levantam os braços, comprimem e intumescem de ar somente o terço superior do órgão. Fazem exatamente o oposto do que o Yoga ensina e que é a forma ideal de respirar. O atleta ocidental inspira estofando o peito e encolhendo a barriga. O yogi inspira projetando discretamente a barriga, puxando para baixo o diafragma, e enchendo não somente o ápice mas também e a base do pulmão, que é a zona mais rica em alvéolos, portanto a mais importante para a economia vital.

A morte do diafragma paralisa a movimentação da parede abdominal. Esta, por falta de exercícios, definha, não podendo mais sustentar em seus devidos lugares as víceras, que se dilatam e caem sob a solicitação da gravidade. E a velhice muito cedo chega, com a gordura que se acumula na barriga. A viceroptose (deslocamento das víceras) é corrigida mediante a respiração diafragmática.

A respiração ocidental nega ao organismo um tesouro de benefícios decorrentes da massagem automática e natural que a respiração diafragmática promove nos órgãos internos e nas glândulas do ponto de vista quantitativo, trabalhando apenas com um terço do pulmão e reduzindo proporcionalmente a "capacidade vital".

A respiração diafragmática tem sido utilizada no tratamento de moléstias cardíacas. Ela massageia com brandura e naturalidade o coração.

As víceras recebem a massagem igual á que recebe o coração. No caso dos intestinos, ela é particularmente benéfica, curando a prisão de ventre, contribuindo assim para livrar o organismo das massas putrefactas.

Rejuvenescimento progressivo é outro dividendo que seguramente se recolhe. A respiração abdominal também é utilizada como elemento principal em regimes de emagrecimento. Atuando diretamente nas causas da obesidade, é o mais definitivo e sadio método de emagrecimento.


- Alguns exercícios:


A) Ativação do diafragma

Trata-se de um exercício puramente mecânico. Nele ainda não nos preocupamos propriamente com a respiração. Sentado ou em pé, tendo previamente esvaziado os pulmões, movimente a barriga para diante e para trás sob a ação do diafragma. Mantenha a atenção no que você está fazendo. Comece com um minuto no primeiro dia e vá acrescentando um nos dias subseqüentes até atingir cinco. Evite a prática se o estômago estiver cheio. Para maior facilidade, de pé, incline o tronco um pouco para frente, apoiando as mãos nas coxas um pouco acima dos joelhos.


B) Limpeza do pulmão

O pulmão é como uma esponja que se deve embeber, não de água, como a esponja comum, mas de ar. A cada inspiração se enche de ar que depois será lançado fora quando os músculos respiratórios se relaxem na expiração. Comumente, tanto a inspiração como a expiração não são feitas com todo o pulmão, mas apenas com um terço, assim a esponja só funciona numa sua terça parte. Que acontece com o restante? Uma coisa bem nociva: boa quantidade de ar fica estagnada, sem renovação, sujeita portanto a deteriorar-se e deteriorar o próprio pulmão afetando toda a saúde.

Precisamos aprender esta prática higiênica tão pouco conhecida e tão útil, qual seja a de expulsar do pulmão o ar residual e fermentado.
Expulse todo o ar, ajude com uma pequena tosse e complete puxando aquele músculo para cima e comprimindo a musculatura abdominal, o que será conseguido ao encolher o máximo o abdômen como que desejando encostar o umbigo às costas. É prudente lembrar que isso não deve ser feito de estômago cheio.


C) Exercício de respiração diafragmática

Após readquirir a natural movimentação diafragmática, vamos agora associar o movimento da respiração.
Deite-se sobre as costas, em superfície dura e forrada, encolha as pernas conservando os joelhos altos e juntos, mas os pés afastados. Descanse a mão sobre o abdômen, afrouxando todos os músculos. Proceda à limpeza do pulmão. Assim, o abdômen deve estar retraído ao máximo e assim o conserve até que se sinta "impulsionado" a inspirar, quando então o abdômen tende a expandir-se. Agora então solte-o e deixe o ar entrar. Concomitantemente, o abdômen se eleva, arrastando o diafragma, que por sua vez puxa a base do pulmão, e dessa forma o ar que entrou pelas narinas vem encher este órgão. Para a exalação, novamente o abdômen se abaixa, suspendendo o diafragma, enquanto o ar sai.

"Durante o processo, o abdômen é o único que se movimenta, já que o peito permanece praticamente imóvel. Mas este movimento do abdômen, repetimos, quando se consegue fazer corretamente o exercício, não é a própria pessoa (eu consciente) quem dirige e aciona. É obra exclusiva do diafragma (mente instintiva), o qual o praticante deve limitar-se a seguir com atenção em sua natural, livre e espontânea movimentação. Em realidade, não é a pessoa quem faz o exercício respiratório, mas é a própria vida que nele respira, limitando-se a pessoa a permitir, observar e seguir com atenção o processo natural de respirar que em seu interior tem lugar." (A. Blay, "Hatha Yoga"; Editorial Ibérica, s.a.; Barcelona.)

Esse exercício pode ser realizado sem restrições.


- Para melhores resultados, deve-se observar:

a) Não cabe às narinas puxar o ar. Essa necessidade cabe cabe àquela área posterior ao nariz e anterior à faringe, lugar aproximado da glândula pituitária. O nariz é a entrada natural do ar, pois está aparelhado para filtrá-lo, purificá-lo e aquecê-lo. À sua passagem, o ar fresco estimula e esfria a mucosa e ao ser expelido vem aquecê-la.

b) A respiração deve ser calma. Uma pessoa profundamente adormecida dá-nos uma idéia daquilo que devemos realizar.

c) Depois de certo progresso na técnica, as pernas podem ficar estendidas, e não mais flexionadas, aproximando-se daquilo que se denomina relaxamento completo.

d) Sua atenção alerta e ininterrupta deve acompanhar a suave e profunda ondulação do ventre, o entrar-e-sair do ar. Cada vez que inspirarmos (puraka) devemos mentalizar o prâna, que é vida, paz, saúde, energia, alegria, enfim, tudo de que precisamos para sermos felizes.

e) A atenção deve acompanhar, pois o praticante somente experimentará as sensações de descanso, liberdade, espontaneidade, leveza, alegria e paz se se abandonar à vida que nele penetra, sem interferir voluntariamente no processo. Deve deixar que a respiração, vinda do plano profundo do eu, chegue à superfície e se harmonize no plano consciente.

f) Esta pratica lhe será proveitosa:

1) no relaxamento;
2) ao deitar-se para dormir;
3) nos momentos de tensões e conflitos emocionais;
4) quando se sentir mentalmente cansado;
5) na fase preparatória de qualquer trabalho intelectual.
g) As pessoas que se acham presas à cama podem e devem praticar a respiração abdominal. Isto só lhes prestará benefícios.
h) O bom êxito depende da correta posição do corpo, do relaxamento e da atitude mental.
- Efeitos psicológicos: Tranquilização de crises emocionais; correção da habitual divagação mental; sensação de vivência deliciosa e profunda; cura insônias.
- Efeitos fisiológicos: repouso geral, especialmente para os sistemas nervosos cerebrospinal e vago-simpático; perfeita irrigação sanguinea; regularização de todas as funções vegetativas, com a mais profunda pranificação do corpo sutil.

Extraído do livro "AUTO PERFEIÇÃO COM HATHA YOGA" - Hermógenes

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Respiração Deve Ser Nasal


A RESPIRAÇÃO DEVE SER NASAL

Dos mamíferos, o homem é o único que, por causas patológicas ou deploráveis maus hábitos, ás vezes respira pela boca. Respiração errada. O nariz não foi feito para compor um elegante perfil. Deus o pôs no meio da nossa face para com ele realizarmos sadiamente o ato de respirar.

Os inconvenientes da respiração bucal são de dupla natureza: físicos e prânicos.
Os de ordem física começam com a insuficiente alimentação de ar nos pulmões. Os que respiram pela boca são permanentemente martirizados por uma asfixia parcial, além de serem mais sujeitos às infecções por germes do ar. O nariz é um filtro contra poeiras. Graças à ação bactericida de seu muco, livra-nos de insidioso invasores. É também um radiador natural que aquece o ar frio do inverno, antes de chegar aos pulmões.

A dificuldade de respirar pelo nariz começa quase sempre na infância, e é quando se forma o hábito de respirar pela boca.

A ciência dos tatwas ensina que na pessoa sadia a respiração se faz mais fortemente por uma narina do que por outra, variando o lado de duas em duas horas. Durante duas horas, a narina direita funciona mais fracamente do que a esquerda para, depois de duas horas, mudar e então é a esquerda que mais trabalha. Não sei se a ciência ocidental já se apercebeu deste fenômeno. Isto implica em saúde e harmonia com o cosmos. As pessoas que sofrem de nariz entupido de um dos lados gozam menos saúde do que os que respiram normalmente. Por isso deveriam aprender a conservar em bom estado de funcionamento ambas as narinas.

Das fossas nasais, a que mais freqüentemente funciona mal é a esquerda, por onde se faz a inspiração da corrente negativa THA. "Ora, diz Kerneiz (Comment Respirer; Èditions Jules tallandier, Paris), certos biologistas contemporâneos, como o doutor Thijenski, consideram precisamente como uma das causas e igualmente um dos principais sintomas do envelhecimento a insuficiência de ionização negativa nos fenômenos humanos."

Agora que expusemos o ônus de uma respiração defeituosa, estamos na obrigação de indicar técnicas yogues que a possam corrigir e curar.

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- Como corrigir a respiração deficiente

Como os exercícios de pranayama são quase todos executados usando somente o nariz, antes de iniciar um deles é preciso ter as fossas nasais totalmente desimpedidas.
Talvez nenhuma técnica yogi seja necessária quando se trata de uma pessoa que respira pela boca devido ao mau hábito formado em época em que, por um qualquer defeito anatômico ou fisiológico, teve dificuldade em respirar pelo nariz. Neste caso, só é preciso uma boa dose de propósito de livrar-se do hábito.

Para desobstruir uma das narinas, coloque na axila do lado oposto um volume como o de um livro, ou o punho fechado. Dentro de minutos, o desentupimento se dá. É só ter um pouco de paciência. Logo que obtiver o que deseja, desfaça a pressão, senão vai entupir a narina do mesmo lado. Se estiver na cama, é suficiente deitar-se sobre o lado desobstruído, para em poucos instantes livrar a narina que estava entupida. E ainda há quem não admita a existência dos nadis...

A lavagem do nariz ou vyut-krama consiste em aspirar água pelo nariz e cuspi-la pela boca. A sucção se faz mais com a faringe do que com as narinas. A água deve ser fervida, com uma solução de 7% de sal de cozinha (melhor o sal bruto) e em temperatura tépida. Às primeiras vezes a coisa é desagradável, mas o desconforto desaparece em poucos segundos.

Alguns exercícios de pranayama também são formas eficazes de limpar o muco das narinas além de não deixar de ser um tratamento preventivo para quem as pratica.

Existem algumas técnicas que consistem essencialmente em pronunciar ou sobretudo em cantar certas sílabas de maneira a fazer vibrar as paredes das vias respiratórias. Seguem algumas descritas por Kerneiz:

A sílaba mais própria a fazer vibrar a cavidade torácica mediana é FREM; é preciso tentar um pouco para obter o justo som; apoiando ligeiramente os dedos sobre o peito, deve-se sentir a vibração.

OM, a sílaba sagrada, faz voltar a parte superior da caixa torácica e a base da garganta.

YUM à parte superior da garganta e alto da glote.

VAM ao alto do véu palatino e a parte posterior das cavidades nasais.

MAM à parte média do véu palatino e das cavidades nasais.

SAM aàparte anterior do véu palatino e das cavidades nasais.

Podem-se obter vibrações um pouco diferentes e mais acentuadas substituindo o M final por N.

A emissão prolongada e repetida dessas silabas sobre um som musical e as vibrações que elas determinam tem por efeito purificar as vias respiratórias e livrá-las de todo excesso de muco; exercendo ação tonificante que tende a imunizá-las contra todas as infecções menores de que se tornam sede.


Fnte: do livro "AUTO PERFEIÇÃO COM HATHA YOGA" - Hermógenes

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pranayama e sua importância


- Pranayama e sua importância

Etimologicamente, a palavra sânscrita pranayama significa domínio sobre o prâna. A maioria dos autores conceitua como a suspensão voluntária do alento, isto é, do prâna, e é o objetivo comum que todos eles apontam para os vários exercícios respiratórios, constituindo o "abre-te sésamo" para a transcendência e libertação.

Swami Vivekananda, em "filosofia yoga", narra uma parábola que ilustra a importância do paranayama:

"Conta-se que o ministro de um grande rei caiu em desgraça. Como conseqüência, o rei mandou encerra-lo na cúspide de mui elevada torre. Assim se fez, e o ministro foi relegado a ali consumir-se. Ele contava, porem, com uma fiel esposa, que à noite foi à torre e, chamando o marido, perguntou-lhe que poderia fazer para facilitar-lhe a fuga. Respondeu-lhe que na noite seguinte voltasse trazendo uma corda grossa, um forte barbante, um carretel de fio de cânhamo e um outro de fio de seda, um besouro e um pouco de mel. Muito admirada, a boa esposa obedeceu e lhe trouxe os objetos pedidos. Então o marido lhe disse que atasse a extremidade do fio de seda ao corpo do besouro, que lhe untasse os chifres com uma gota de mel e que o colocasse sobre a parede da torre, deixando-o em liberdade e com a cabeça voltada para o alto. Assim ela fez e o besouro principiou sua viagem. Sentindo o cheiro do mel diante de si, trepou lentamente, com a esperança de alcança-lo, ate que chegou ao cume da torre. Apoderando-se então do besouro, encontrou-se o ministro na posse de um dos extremos do fio de seda. Nesta situação, disse à esposa que unisse no outro extremo fio de cânhamo e, depois que este foi puxado, repetiu o processo com o barbante e finalmente com a corda. O restante foi fácil: o ministro conseguiu sair da torre por meio da corda, evadindo-se. Em nossos corpos, continua o amado yogi Vivekananda, o alento vital é o fio de seda e, aprendendo a dominá-lo, apoderamo-nos do fio de cânhamo das correntes nervosas, destas fazemos outro tanto com o forte barbante de nossos pensamentos e finalmente apoderamo-nos da corda do prâna, com a qual logramos a libertação".


Fonte: do livro "AUTO PERFEIÇÃO COM HATHA YOGA" - Hermógenes

domingo, 20 de setembro de 2009

Respiração – Aspectos Psicológicos, Fisiológicos e Prânicos



Respiração – Aspectos Psicológicos, Fisiológicos e Prânicos


A ciência ocidental considera a respiração como um fenômeno fisiológico, do qual o organismo utiliza o oxigênio do ar a fim de com ele efetuar as transformações químicas necessárias para que o sangue possa distribuir "nutrição" a todas as células. Parar de respirar é o mesmo que morrer.

Para a ciência yogi a respiração é muito mais do que um fato fisiológico. É também psicológico e prânico. Em virtude de fazer parte dos três planos - fisiológico, psíquico e pranico -, a respiração é um dos atos mais importantes de nossa vida. É por seu intermédio que logramos acesso a todos eles. Por outro lado, é ela o único processo fisiológico duplamente voluntário e involuntário. Se quisermos, podemos acelerar, retardar, parar e recomeçar o ritmo respiratório. É possível realizá-la de forma mais profunda ou superficial. No entanto, na maioria do tempo, nos esquecemos dela inteiramente, deixando-a por conta da vida vegetativa. É principalmente graças a ela que um yogi avançado consegue manobrar fenômenos fisiológicos.

A psicanálise pôs ás claras a existência de um “eu” profundo, uma personalidade inconsciente, que estruturada com impulso e tendências instintivas, procura manifestar-se no nível desconhecido e misterioso de cada um de nós. Uma outra personalidade, que meridianamente cada um se reconhece ser, é estruturada á base de comportamentos aprendidos e socializados. Esta dicotomia alimenta um estado de tensão permanente. Pois o eu consciente, vigilante, teme e sufoca a livre expressão do eu profundo. Este, na interpretação de Freud, feio, erótico e anti-social, é alimentado pelas freqüentes repressões a que o eu consciente o submete. Do eu profundo o que podemos dizer é que ele é desconhecido e rebelde ao controle, mas não podemos concordar que seja apenas sujeira e negrume. Podemos dizer, isto sim, que as energias que consigo guarda, e que, no homem vulgar são desconhecidas pelo eu consciente, têm sido apenas temidas e recalcadas. Submetidas, mas não vencidas, permanecem, criando conflitos e, como uma mola comprida, são perigosamente capazes de vencer o controle e soltar-se, muitas vezes, desastrosamente.

Visando à unificação da personalidade, por meio de auto-análise e da psicanálise, tentativas são feitas no sentido de um "tratado de paz e mútua colaboração" entre estes dois partidos que dividem o "reino interno" do homem. A respiração é um meio certo de obter essa unificação ou yoga.

Há em cada homem duplo ritmo respiratório. Um ligado à vida de relação ou consciente e o outro à atividade inconsciente e vegetativa. A primeira, que todos conhecem, é superficial, e a outra, profunda. Aquela se liga às atividades conscientes, características do eu superficial e consciente, e esta é própria dos mecanismos inconscientes e involuntários, ligada portanto ao eu profundo. A integração que se atinge no plano respiratório é estendida ao plano psíquico, mercê da integração dos dois sistemas nervosos: cerebrospinal e simpático. Consegue-se isto com a prática da respiração integral, que, começando como respiração superficial, vai se aprofundando progressivamente até a meta final. Porém, não se deve entender como respiração profunda apenas o inspirar sob grande esforço com o fim de encher ao máximo o pulmão.


A) Aspecto psíquico da respiração

Para melhor evidenciar a natureza psíquica da respiração, basta considerar as alterações rítmicas funcionais que concomitantemente ocorrem com as alterações psíquicas. Na inquietude mental e emocional observa-se a respiração acelerada. Torna-se lenta nos estados em que nos achamos física, mental e emocionalmente tranqüilos. Se temos um conflito entre duas tendências ou desejos antagônicos, ela se faz irregular ou arrítmica. Se, no entanto, estamos integrados, livres de contradições psíquicas, respiramos compassadamente.
Reciprocamente, quandovoluntariamente controlamos a respiração através dos exercícios respiratórios, tornando-a lenta, induzimo-nos necessariamente à tranqüilidade emocional e mental. Ritmando-a, estabelecemos a paz entre a mente, a vontade e os impulsos antes contraditórios e opostos.


B) A respiração como fenômeno prânico

Ao tratarmos do corpo prânico chegamos a ver a respiração como o meio de que ele se serve a fim de suprir-se de energia prânica. Já vimos a importância da respiração como fenômeno polarizado, absorvendo a energia positiva --- HA---e a negativa---Tha. Energias estas que vão vivificar os chakras e circular pelos vários nadis.
Torna-se claro que ao controlarmos voluntariamente a respiração, ritmando -a, aprofundando-a, dirigindo-a, polarizando-a, o homem vai obtendo acessos a seus diferentes níveis - psíquico, fisiológico, prânico, podendo então integrá-los em seu proveito.


C) As fases da respiração

A respiração yogi se faz segundo três fases: puraka, ou inspiração; kumbhaka, ou retenção; rechaka, ou expiração.
Quando inspiramos apenas pela narina esquerda, terminal do nadi id, absorvemos prâna negativo (THA) e quando o puraka se faz pela narina direita, onde termina o nadi píngala, incorporamos prâna positivo (HA).


Fonte: do livro "AUTO PERFEIÇÃO COM HATHA YOGA" - Hermógenes

sábado, 19 de setembro de 2009

O Pranayama e os Ásanas



O Pranayama e os Ásanas

Os Ásanas e o Pranayama devem ser trabalhados juntos para que haja o controle do prana. Há uma intima relação entre a atividade física do corpo e a do Prana. O Prana é a energia que preserva todo o sistema fisico e age como um meio entre o corpo e a mente.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cuidados com o Pranayama



Cuidados com o Pranayama


Devemos ser cautelosos com algumas práticas do Pranayama. Esses cuidados são também mencioandos na literatura tradicional Hindu. Segue um trecho do Yoga Sutras de Patanjali:

"A real conquista do Pranayama está diretamente relacionada com a atividade física e mental do nossa vida diária. Somente quando o perfeito dominio é conquistado na vida mundana é que nós podemos esperar gerenciar a parada da respiração e pulsação do corpo. Este processo é sempre perigoso para iniciantes sem o controle da respiração. Tentar o controle da respiração sem ter um controle pela rotina diária e sua reação sobre os outros processos existentes no corpo podem causar perigosos desequilibrios em sua constituição. Qualquer experimento com a respíração resulta na estimulação dos centros de energia no plano eterico. Quando o corpo físico e emocional não for suficientemente purificado estes desequilíbrios causam tempestades na atividade emocional do indivíduo. Isto resulta em uma grande tensão nos nervos e no sistema vascular. causando uma parcial ou total ruína do corpo físico pela paralisia, insanidade ou serenidade da mente pode ser causado por tentar iniciar um pranayama com o controle do folego antes de conquistar os controle de suas outras atividades. Uma forma pratica de exercitar o Pranayama deve ser sempre bem discriminatória, pois o aumento é facil mas a abstinência e desconfortante para os iniciantes. Existem vários métodos de Puraka, Kumbhaka e Rechaka descritos por diversos professores e prescrita como o nome de 'respiração esotérica' o presente autor não se responsabiliza por qualquer atividade sem o acompanhamento de um profissional da area e um medico responsável."

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Prana e Pranayama – Mais Alguns aspectos



A primeira descrição de Prana está na Upanishad:

“Prana está em qualquer ser vivo e é uma energia tão "sutil" que a fisiologia ocidental ainda está procurando decifrar os seus mecanismos e como mapeá-la.”

"Yama" significa "disciplina" e designa o ajuste as oito uniformidades da consciência pela prática constante. Esta uniformidade pode ser acessada pela concentração contínua nos processos de respiração auxiliado pelas técnicas de relaxamento. Com estas praticas se percebe a relação entre a expiração, inspiração e seu intervalo, levando uma profunda mudança de estado e transformando a consciência a ponto dela ser sensibilizada pelo admirável material que é feita a vida.

Pranayama é o controle do ritmo da respiração que junto com o Pratyahara tornam-se os dois estágios do yoga conhecidos como Antaranga sadhana. Isso nos ensina a controlar a respiração e a mente da escravidão dos desejos.

A palavra Pranayama é formada por Prana (vida, respiração) e Ayama (controle). Este controle deve ser dos quatros divisões da respiração:

inspiração - puraka

expiração - rechaka

intervalo da respiração - kumbhaka

e o conjunto dos três - kumbha

Quando o fôlego é detido após a inspiração: antara kumbhaka (interna)

Quando o fôlego é detido após a expiração: bahya kumbhaka (externa)

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Desde que a meta do Yoga é o controle da mente, o Yogi aprende as técnicas do Pranayama de modo a dominar a respiração, controlar os sentidos, permanecer no estado de Pratyahara e predispor-se para o Dhyana (meditação).

Na Gnose Moderna, algumas correntes filosóficas gnósticas iniciadas em meados do século XX, apresentam o Pranayama como uma das formas de transmutar a energia sexual.

Pranayama



Pranayama
é a expansão da bionergia através de práticas respiratórias. Pranayama é uma palavra sânscrita que significa respiratório.

Prana é a fonte de energia, o substrato universal. Prana é um energia invisivel e sutil. Ela é a força vital que preserva o corpo. Ela é o fator que conecta o corpo a mente. Ela é a ligação entre corpo e mente. O corpo é a mente não tem conecções diretas.

O Pranayama é o conhecimento e o controle do Prana.

A respiração é a representação mais sutil da energia vital dentro do seu corpo. Controlando esse movimento, que põe a mente em movimento, é que se pode parar a mente. Ou seja, controlando o prana, podemos interromper a mente e fazer emergir o estado de serenidade.

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- As principais técnicas do Pranayama:

O melhor momento do dia para se praticar os pranayamas é no período da manhã, após o alvorecer - o sol da manhã tem alta concentração de prana. As práticas devem ser diárias e devem durar ao menos 15 minutos. Devemos atuar com propósito e regularidade, praticando sempre à mesma hora e na mesma posição.

O olhar deve estar focado em um ponto, de forma a manter a mente concentrada e evitar a distração com algum objeto externo. A uniformidade da respiração fará a mente entrar em um estado de serenidade.


- Os principais Pranayamas são:

• Ujjayi Pranayama • Bhastrika Pranayama • Kapalabhati Sama Vritti Pranayama • Visama Vrtti Pranayama

A escolha de um tipo de ritmo de respiração fortalece o sistema respiratório, acalma o sistema nervoso e reduz a ansiedade. A mente liberta-se e torna-se apta para a concentração.

Fonte: wikipedia

sábado, 12 de setembro de 2009

Cores



Cor é vida, e o que a cor manifesta pela luz é a expressão visível do divino. Novidade a Cromoterapia, não, desde os tempos primitivos, tendo como registros no Egito, China, Índia já possuíam um sistema de cromologia. Na modernidade está sendo demonstrada a sabedoria dos antigos quanto ao uso da cor nos processos de cura, visto que a doença é uma busca da harmonia psíquica. Entra neste momento a Cromoterapia que através da aplicação de feixes de luz faz a harmonização de nossas energias vitais e nossas emoções.

A partir do momento que descobrimos a ação de diferentes cores sobre cada um dos nossos órgãos, com uma aplicação correta nos mesmos, acionamos energeticamente através da cor o equilíbrio do órgão, restaurando adequadamente no interior do corpo todas as energias coloridas.
São sete os raios primários:


VERMELHO - o centro mais baixo, na altura do cóccix, que corresponde ao chakra raiz ou básico, é estimulante, mas, contra- indicado em casos de inflamações, deve ser sempre usado com cautela.

LARANJA - chacra umbilical, esplënico, na parte posterior da cintura, é cor da felicidade, estimula a ambição e a bondade nas pessoas, pode se usado no tratamento de bronquites, moléstias dos pulmões, etc.

AMARELO - usado no chakra do plexo solar, comumente chamado de boca do estömago,,indicado para falta de confiança, otimismo, estimula as faculdades mentais, problemas de fígado e diabetes.

VERDE – na altura do esterno, em linha com o coração, chakra cardíaco, é a cor da paz, da harmonia, da saúde, trabalha a renovação dos sentimentos no aspecto psicológico, também indicado para prisão de ventre, memória fraca, dores de cabeça, etc.

AZUL – localizado no centro da garganta, o chakra laríngeo, o maior poder de auto-expressão do homem, a fala, indicado para casos insônia, diminui o ritmo respiratório, medo, ciúme, dores de cabeça, etc.

ÍNDIGO – localizado no terceiro olho, o chacra frontal, um purificador da corrente sanguinea, , atua sobre as glândulas paratireóides, libera medos e inibições, etc.

VIOLETA - localizado no centro da cabeça, chakra coronário e está relacionado com a glândula pituitária, o centro da compreensão espiritual por onde o nosso Eu interior faz o contato com o Eu Cósmico. Este raio pode ser usado no tratamento de doenças nervosas, reumatismos, etc.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Frases de Sri Nisargadatta Maharaj

As coisas mais evidentes são as mais duvidosas.

Você nunca nasceu nem nunca morrerá. O que nasceu e morrerá é a ideia, não você.

Não conheço más pessoas, só me conheço a mim mesmo. Eu não vejo santos nem pecadores, só seres vivos.

A porta que o mantém fechado também é a porta que o deixa sair.

O destino só se refere ao nome e à forma. Dado que você não é a mente nem o corpo, o destino não exerce controlo sobre você. Você é completamente livre.

A busca de causas é um passatempo da mente. A dualidade de causa e efeito não existe. Tudo é a sua própria causa.

Fluir com a vida quer dizer aceitação: deixar chegar o que vem e deixar ir o que se vai.

O tempo, o espaço e a casualidade são categorias mentais, que surgem e desaparecem com a mente.

O mais importante é estar livre de contradições: a meta e o caminho não devem estar em níveis diferentes.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ardhapataka Mudrá



  • Ardha em sanskrito é uma parte, um lado, parcial, é usado para designar algo incompleto.
  • pataka em sânscrito é bandeira.

Ardhapataka pode ser uma bandeira asteada a meio mastro ou literalmente meia bandeira.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Alapadma Mudrá


  • Ala em sanskrito é quando algo surge, aparece, brota, vem para o mundo. Neste caso: desabrochar.
  • Padma em sânskrito é flor de lotus.
Alapadma é o desabrochar do lótus.

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